Em 1750 a Câmara da Vila de São João del-Rei mandou construir um chafariz dentro do "cercado" que Dr. Paulo da Mata Duque Estrada fizera, no atual Largo de São Francisco, no final da rua Dr. Balbino da Cunha. João Batista de Almeida, arrematou por 60 oitavas de ouro a construção da citada fonte pública com as seguintes características: "o tanque todo coberto, teria seis palmos de comprimentos, 4 de largura, 4 de altura, devendo apresentar alicerce de pedra com boa segurança e duas bicas de ferro." o arrematante "fará o esgoto necessário para sair a dita água para a lagoa".
Em edital de 1768, o senado da Câmara proibiu a lavagem de roupa no chafariz do largo de S. Francisco. Os infratores quando forros (livres), sofreriam a pena de oito dias de cadeia e pagariam duas oitavas de ouro; os cativos (escravos) seriam açoitados no pelourinho, pagando ao seu senhor duas citavas de ouro.
Em 1788 o Senado da Câmara da Vila de São João del-Rei concedeu autorização ao sargento-mor Luiz Antônio da Silva para mudar a localização do chafariz, situado nos fundos de sua casa, alegando que a fonte estava arruinada, por causa da falta de asseio dos escravos. Ele faria a obra à sua custa, mas como compensação receberia do Senado da Câmara o terreno baldio nos fundos de sua casa (no lado oposto do chafariz).
Este chafariz saiu do Largo de São Francisco, e foi para o bairro de Matosinhos, onde recebeu o nome de Chafariz da Deuza Ceres.