A. L. BLACKFORD

Pastor presbiteriano norte-americano: Obra: Carta; datada do Rio de Janeiro em 22 de janeiro de 1862. Esteve em São João de 30/11/61 a meados de janeiro de 1862.

Crítica: Vindo a São João para aprender português e difundir a sua crença religiosa, esbarrou-se com o preconceito religioso do nosso catolicismo e ante as fogueiras que se faziam com as bíblias protestantes, lamentou que pudesse existir "uma escravidão espiritual e mental tal forte e deprimente (...) numa comunidade que pretende, com razão, ter em seu seio muitos homens inteligentes".

Fiquei conhecendo muita gente em São João del-Rei, todos sabiam que sou protestante, e ministro; alguns me encaravam como uma raridade, mas, excetuados os padres ninguém me tratou mal. O próprio subdelegado foi extremamente polido. Algumas vezes faziam-me perguntas engraçadas sobre o protestantismo: se cremos em um só Deus etc. Um moço, com laivos de literato, afirmou me que nunca tinha ouvido antes falar em crenças divergentes dos ensinos da Igreja Católica Romana (in: Ribeiro, Boanerges. Protestantismo e Cultura Brasileira. São Pauto: Editora Presbiteriana, 1.981. p. 35)

Texto retirado do livro "Santos Negros e Estrangeiros" de Antônio Gaio Sobrinho.


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Críticas e Dúvidas

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